Convido todos a mergulharem num mundo onde não precisa ser um filósofo para contemplar e nem um religioso para meditar...

basta ser você mesmo!!!

Sejam todos muito bem vindos!!!

quarta-feira, novembro 24

A essência do ser humano!!!

Olá irmãos em Cristo...


Toda criatura criada por Deus tem sua essência de vida, um "por que" de ter nascido, e isso não é diferente com os seres humanos, nascemos com uma essência diferenciada das demais criações de Deus... e é sobre isso que falaremos nesse artigo.
A última criação de Deus, os humanos, fora a sua criação mais perfeita, sendo criada com todo o cuidado e a imagem e semelhança de Deus, tornando-os perfeitos, porém corroidos pelo pecado, fomos desfigurados, não reconhecendo mais a face de Deus em nós. Foi ai que a nossa essência começou a sumir.
A partir dai, tudo virou um caos, começaram as guerras, as lutas por terras, por reinos e os humanos se esqueceram da sua essência, tornando o mundo perfeito criado por Deus um simples mundo.
Esse grande essência da qual fomos criados e guiados em nossas escolhas é o AMOR!!!
Uma pequena palavra com um sentido tão grande. Quando Deus criou o mundo, o fez com tanto amor que nada poderia abalar esse sentimento, e para completar sua obra, criou seres que pudessem pensar e agir sem limites, porém com uma liberdade consciente. Mas, como toda história de amor, algo deu errado nos planos de Deus e o homem conheceu o pecado, fazendo com que essa essência se perdesse em meio a tanta sujeira.
Caindo nesse mundo, fomos moldados ao pecado como se molda um vaso de barro, fomos consumidos por diversos sentimentos diferentes esquecendo de quem nos criou e para que fomos criados.
Mediante a isso, Deus, no alto de sua plenitude, enviou a terra seu único filho, Jesus Cristo, também chamado Emanuel, que significa "Deus Conosco", para resgatar em nós a nossa essência, resgatar em nós o amor. No tempo que Ele passou aqui na terra, Ele nos deixou bem claro o que é o amor, e principalmente demonstrou isso quando Ele ficou pregado numa cruz, por causa de nossos pecados.
Muitos perguntam até hoje como um Deus que está no céu pode se importar com os humanos que estão aqui na terra?
Simples... São João responde essa pergunta em 1Jo 4,8, "Deus é amor!". E se Deus é amor, é porque Ele quer o nosso bem, e foi capaz de mandar seu único filho para ser crucificado em nosso lugar!!! Ainda há alguma dúvida de que Deus se importa conosco??

No livro "A Cabana" do canadense Willian P. Young, após o personagem Mackenzie se encontrar com Deus, o mesmo faz uma comparação que encaixa certinho com esse assunto. Deus diz assim: "Pegue como exemplo um pássaro. Pássaros nasceram para voar, se um dia lhe for tirado as asas, ele perderá sua essência de ter nascido, sua essência de vida, que é voar. No caso dos homens, eles nasceram para amar e ser amados, se algum dia isso lhes for tirado, eles perderão a sua essência, em outras palavras regredindo a um ser insensível, imoral e incompreensível!". Segundo a lógica da citação acima, nós, humanos, não podemos viver sem amor, pois estariamos voltando a idade da pedra, onde nossos sentimentos seriam brutos como rocha e não expressariamos nossas vontades com sutileza.

Sendo assim, devemos sempre buscar manter a nossa essência, o amor, que vem se perdendo a cada instante pelos meios de comunicação e, até mesmo, por nós e nossos pecados, que nos afastam de Deus. Devemos buscar a Deus, pois Ele é amor, e sendo amor, nos amará incondicionamente (redundância da minha parte, mas não há palavras melhores para expressar esse sentimento de Deus por nós!).


"Não desista do amor, não desista de amar,

não se entregue a dor, por que ela um dia vai
passar.
Se a cruz lhe pesou, e quer se entregar,
tal como o Cirineu, Cristo vai te ajudar!!!"

segunda-feira, novembro 22

Ela sempre esteve presente!!!

Olá irmãos em Cristo...

“...e a Mãe de Jesus estava ” (Jo 2,1)

1. Maria foi escolhida por Deus contra todos os habituais critérios humanos. Escolheu uma moça pobre da Galiléia, que diante de seus vizinhos e parentes em nada se distinguia. Com essa POBRE moça Deus realizou o maior acontecimento da história da humanidade: Deus se fez homem. Mesmo com este fato, Maria viveu “na sombra” e na pobreza até o fim. Concebeu seu Filho numa casa pobre, deu-o à luz numa estrebaria e foi simplesmente a mulher do carpinteiro.
2. O ato mais digno e salvador da humanidade foi o SIM total que Maria de Nazaré disse ao seu Senhor. Ela aceitou ser Mãe de Jesus. Ela disse SIM a Deus e a toda a humanidade, em troca de muitos nãos, porque era imensamente pobre. Não havia nela nenhuma barreira e nenhuma restrição ao Senhor.
3. O SIM de Maria permitiu que Deus tocasse a natureza humana. A carne de Deus fez-se nosso irmão pela maternidade de Maria. Esta atitude demonstra o total despojamento de Maria: despojamento da vontade e do próprio corpo.
4. Os dados evangélicos sobre a história pessoal de Maria são poucos. Porém, suficientes para constatar seu serviço e sua solidariedade com os homens e mulheres em situações bem concretas.
Vejamos de que maneira, a primeira cristã, é exemplo para nós, os cristãos de hoje:
5. é de fidelidade: sempre disponível ao plano de Deus a seu respeito: “Faça-se em mim segundo a tua Palavra” (Lc 1,38). Ela deu seu sim a esse desígnio de amor. Aceitou-o livremente na anunciação e foi fiel à palavra dada até o martírio da cruz. Foi a fiel companheira do Senhor em todos os caminhos. A maternidade divina levou-a a uma entrega generosa e total. O seu SIM dado livremente a Deus a solidariza com toda a humanidade fiel que espera a libertação. Disse SIM e assumiu todas as conseqüências;
6. é de Mãe: Maria, Mãe desperta o coração do filho adormecido em cada pessoa humana. Assim, nos leva a desenvolver a vida do batismo pela qual nos tornamos filhos. Ao mesmo tempo esse carisma materno faz crescer em nós a fraternidade e assim Maria faz com que a Igreja se sinta uma família. Jesus, então, vendo a sua mãe e, perto dela, o discípulo a quem amava, disse à sua mãe: “Mulher, eis o teu filho”! Depois disse ao discípulo: “Eis a tua mãe”! (Jo 19,26-27). Maria estava , aos pés da cruz, com lágrimas expressivas e reveladoras de uma indescritível solidariedade de Mãe.
7. é de : Maria viveu de e não de milagres: inteiramente confiante na palavra de Deus: “Feliz a que acreditou” (Lc 1,45). Sua não foi uma sem dificuldades, sem perguntas: “Meu filho, porque agiste assim conosco?” (Lc 2,48); mas não duvidou de Deus. Esperou contra toda esperança: Aos pés da Cruz quando o fracasso de Jesus parecia total, de , com dignidade e confiança está uma mulher (Jo 19,25); é a Mãe das Dores, a Medianeira, a Imaculada Conceição. É a mulher do SIM, que se torna mãe pela segunda vez. É a mulher, que não se deixa abalar pelo absurdo de ver seu Filho que é Deus morrer na cruz, mas continua caminhando conosco até a Ressurreição. Enquanto, peregrinamos, Maria será a mãe educadora da nossa .
8. é de intercessão: como Mãe da Igreja, implora com suas preces o dom do Espírito Santo: “Todos, unânimes, eram assíduos na oração com algumas mulheres, entre as quais Maria, mãe de Jesus ...” (At 1,14).
9. é de apostolado: “Modelo perfeito desta vida espiritual e apostólica é a bem-aventurada Virgem Maria, Rainha dos Apóstolos. Enquanto levou na terra, vida igual à de todos, cheia de cuidados familiares e de trabalhos, estava sempre intimamente associada ao Filho, cooperando de modo absolutamente singular na obra do Salvador[1].
Maria esteve sempre a serviço de todos:
10. em Belém: pelo nascimento de Jesus na pobreza, ela se solidariza com os marginalizados, para os quais nuncalugar na hospedaria (Cf. Lc 2,7);
11. na visita à prima Isabel: revela o cotidiano do homem que luta pela infra-estrutura de suas necessidades básicas; pelo canto do Magnificat, Maria mostra a profética solidariedade que tem pelos oprimidos da terra, pois ela invoca a justiça de Deus, suplica em favor dos humildes e famintos. Ela sabe que Deus é sensível à humilhação do pobre. É a partir da libertação do pobre que ela exalta as maravilhas de Deus (Cf. Lc 1,49);
12. em Nazaré: a família de Jesus, Maria e José, viviam com simplicidade à custa de seu trabalho, dentro do grande plano de salvar a humanidade;
13. na fuga para o Egito: acompanhada de incertezas e medo, insegurança e risco, privações de toda ordem e fome, Maria participa de todos os fugitivos e perseguidos da história (Cf. Mt 2,13-14);
14. em Caná: sentindo o constrangimento da falta de vinho por parte dos noivos, solicita que Jesus faça o seu primeiro milagre (Cf. Jo 2,1-11); ela antecipou a revelação de seu Filho Jesus;
15. ao da Cruz: no encontro de Maria com Jesus, ao longo do Calvário, todos tinham fracassado e fugido. Maria acompanha o seu Filho e sofre com Ele. Ao da cruz, impotente, assiste a crucifixão de seu Filho (Jo 19,25). É nesse momento tão crucial que todos fomos redimidos e gerados como seus filhos;
16. no Cenáculo: no Pentecostes, Maria Santíssima foi solidária com os apóstolos, partilhando sua e sua vida. Colaborou no nascimento e na unidade da Igreja de seu Filho Jesus que nasce enriquecida pelo Espírito Santo e pela sua maternidade espiritual.
17. “Ver Jesus” é o anseio mais profundo do coração humano, mesmo sem o saber; em Jesus, Deus manifesta-se aos que o procuram e lhes oferece a vida em plenitude. “Queremos ver Jesus”, pediram os gregos a Filipe e André, que estavam com Jesus. Os dois apóstolos não frustraram a busca daquelas pessoas, e levaram-nas a Jesus, que lhes manifestou a glória de Deus (Jo 12,20-22).
18. Hoje, a missão dos cristãos e da Igreja toda continua sendo a mesma: ajudar outros a se aproximarem de Jesus e a ter com ele um encontro pessoal. Jesus Cristo é o Caminho proposto por Deus à pessoa, à comunidade e à sociedade, para que estejam na Verdade e, por meio dele, tenham a Vida em abundância[2].
19. Anunciar Jesus Cristo é nossa missão. Mas, para anunciá-lo queremos primeiro acolhê-lo, conhecê-lo e amá-lo como Maria, como os apóstolos e apóstolas de todos os tempos. Queremos aprender a ver Jesus, não em visões passageiras, mas ver e ouvir Jesus no cotidiano das nossas comunidades onde Ele se torna presente; na leitura orante da Palavra, na Eucaristia e no rosto dos irmãos e irmãs sofredores sempre perto de nós.



[1] CONCÍLIO VATICANO II. Apostolicam Actuositatem, n. 4.
[2] Cf. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Doc. n. 72, p. 5-6.